Lá no dia 14 de janeiro deste ano, escrevemos ‘Por que Amsterdam está diretamente ligada ao Fuja do Óbvio?‘. O texto contava sobre uma novidade quase chocante para os turistas de todo o mundo: a decisão das autoridades holandesas de retirar a famosa placa ‘I amsterdam‘ da frente do Rijksmuseum, bem no coração da Museumplein (praça que concentra outros importantes museus da cidade e recebe milhares de visitantes todos os dias), e instalar uma versão menor no Aeroporto Schipol.
O motivo: o excesso de turistas que se aglomeravam diariamente em frente à placa para tirar fotos. E não é que hoje, lendo a coluna do Zeca Camargo na Folha de S. Paulo nos deparamos com o artigo ‘Algo precisa ser feito para administrar as enchentes de turistas nas cidades‘, que trata exatamente deste mesmo tema.

Zeca diz:
‘Amsterdã é vítima de seu sucesso como cartão-postal mundial’.
E cita outros tantos exemplos de grandes cidades que se tornaram quase incômodas dado o excesso de turistas que estão mais preocupados com a selfie para o Instagram do que em aproveitar o clima e a história do lugar.
Quando o Fuja nasceu, lá em maio de 2018, a gente tinha uma intenção muito clara: mostrar aos viajantes que tem muita coisa fora do óbvio pelo mundo e que, mesmo em lugares como Paris, Roma e a própria Amsterdam, é possível turistar sem, necessariamente, cair no ‘lugar comum’.
Essa é uma reflexão que deve ser constante no dia a dia de todos os viajantes, afinal, um turismo sustentável, do ponto de vista da manutenção e do respeito à infraestrutura local e à rotina dos ‘nativos’ é o que vai garantir que possamos continuar vivendo experiências de viagem únicas e marcantes.